quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Deu na coluna Orelhada

Estou fazendo a consulta em história para o documentário de Fabrício Porto. As filmagens estão finalizando, em breve será o processo de edição. Reproduzo o que deu na coluna Orelhada, do jornal A notícia."Com as gravações em estágio final, Fabrício Porto começou a editar o material já coletado pra “Ditadura Reservada”, documentário que vai expor as diferentes visões dos joinvilenses a respeito do regime militar. Se por um lado ex-presos políticos como Edgar Schatzmann (foto) confirmam a mão pesada dos generais, por outro, é fato que muita gente achava que tudo corria às mil maravilhas. A cidade era até benquista pelos presidentes militares – três deles vieram em visita, e um deles, Castello Branco, até desceu do carro pra cumprimentar os cidadãos, coisa que jamais fazia. Porto espera lançar o filme durante a Mostra Cinevídeo, ainda sem data." Fonte aqui.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Entre a espada e a rosa

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Diário de classe – IV

Leciono num tradicional espaço escolar da cidade de Joinville. O lugar forma as lideranças políticas e econômicas da cidade, como lembrou uma carinhosa professora universitária, ao discutirmos sobre o meu papel no Colégio.

Alguns amigos(?) notaram uma grande contradição, uma hipocrisia com a minha trajetória histórica. Sim, esses sentimentos e interpretações passaram – e passam- em mim. Falaram pelas costas, cada uma faz sua escolha.

Não acredito que seja totalmente contraditório e hipócrita, apesar de refletir com as duas palavras. Considerando a situação de um professor consiste na venda da força de trabalho ao Estado ou a iniciativa privada. Quando um professor vende sua força de trabalho para o Estado, o resultado passa servir aos dados estatísticos de governos corruptos e perpetuadores da exploração. Quando a venda ocorre ao ensino privado, o professor passa educar os principais beneficiários e realizadores da exploração. Ou seja, professor de orientação política socialista, comunista e anarquista está fadado a contradição.

Um fato relevante é que não só de contradição vive a classe dos-as professores-as. Ainda resta o ato da sabotagem. Lembro dos garçons sindicalizados ao IWW, na década de 1920, nos EUA. Durante os jantares de grandes empresários, exploradores da classe trabalhadora, antes de servir a mesa, os garçons providenciavam pequenos atos de sabotagem, como derrubar um prato de comida numa elegante esposa de um capitalista ou, baratas estavam nos pratos.

Sabe, a sabotagem é o que podemos fazer no espaço escolar privado e público. Lá, munidos de nossos conhecimentos e de diferentes metodologias de ensino podemos ensinar a meninada, levar amor para as crianças que estão construindo os seus futuros na história, manter um relacionamento baseado em carinho e responsabilidade. Enquanto isso, os amigos que falam pelas costas, é melhor deixar pra lá. Já que nas escolas encontra-se um número gigante de criançada precisando dos sentimentos mais belos e transformadores. É lá que estou.