sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tuitaço contra os aumentos

Caso você tenha uma conta no twitter e é contrário ao aumento da tarifa nos zarcões, entre no tuitaço de hoje. Você poderá contribuir com a luta, pelo menos nas redes sociais. Às 10 horas da manhã, digite uma mensagem sobre o transporte e coloque a hashtag #contraoaumento

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Um ano sem Howard Zinn

Hoje, 27 de janeiro de 2011, é o primeiro ano sem a presença do historiador e ativista social Howard Zinn. Uma personagem importante na minha formação. Foi lendo sua biografia que me fez organizar mentalmente o que foi crescer com consciência de classe. Sim, a minha história individual tinha muito disso. Ao ler Zinn fui tentar a vida na história. Aprendi que o historiador não deve somente tomar uma posição, mas tem o dever, de alguma forma, de se envolver ao máximo, de acordo com as condições no presente momento, com a tomada de um lado, na busca da justiça, da liberdade, da igualdade e da mudança do mundo.


http://howardzinnemportugues.blogspot.com/

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Duas mães, dois choros distintos

Duas jovens mulheres recém chegadas, ambas querem um futuro na cidade do trabalho. As lágrimas são de insegurança com a realizações dos seus sonhos.

A história as colocou na mesma linha de uma malharia poluidora do rio e do ar da cidade. O choro em silêncio na saída da fábrica criou uma aproximação, em poucas semanas a amizade entre elas foi se constituindo.

Entre as novas experiências de amizade as levaram a dizer sobre seus sonhos sonhados em silêncio, ao mesmo tempo, dividiram lágrimas. Agora, não mais em silêncio e sem abraços.

Juntas foram ao trabalho. Nas horas destinadas ao lazer, ganharam os bailes das principais vias dos bairros. Lá dançaram, trocaram flertes com homens nada dispostos ao amor. Mais uma vez compartilharam lágrimas, nesta vez por conta de amores não correspondidos.

Enquanto a cidade mandatária, a cidade imigrante, ofertava empregos, na mesma medida assediava sexualmente as jovens mulheres operárias cheias de sonhos geridos nas lavouras próximas. As vítimas eram da cidade migrante, criando conflitos entre as cidades dentro de uma única cidade.

Caídas em tentação, provaram o que não era permitido pelos seus pais religiosos. O sexo sem o voto do matrimônio.

As duas amigas engravidaram, sem combinar ocorreu na mesma época. Os nascimentos estavam agendados para o verão de 1980-81. O abandono familiar, o desemprego, pois era assim que agia a cidade mandatária, levou-as as lágrimas mais uma vez.

Sofreram. Batalharam entre um emprego e outro. Os preconceitos as condições de mães solteiras foram diários, ocorridos nas ruas laterais das principais vias dos bairros. O tempo criou o afastamento, era a história moldando a força o destino de cada uma delas. Criaram os seus filhos, choraram sozinhas.

Trinta anos depois continuam a chorar. Uma mãe chora, pois o seu filho partiu de casa, levando o sonho de voltar como uma visita, realizando um outro sonho, de concretizar uma família de espírito libertário. A outra mãe chora com a partida de seu filho. Na noite passada partiu em busca de uma lata e uma pedra.

É a primeira vez que as duas mães estão chorando por razões distintas, como se a história saísse do controle de suas mãos.