Os fundos são reveladores. Numa sala de aula quem está coladinho a rapaziada do fundão recebe o título de “aluno problema”, a meninada da frente está qualificada ao futuro promissor.
É uma regra, cuja tradição se dá na prática discursiva das autoridades, sem perceberem os diferentes elementos das convivências e dos contextos. Sendo regra, os questionamentos se mantêm presentes, quase nato quando se inaugura uma tradição.
As revelações ocorrem como as casas nos bairros (ou nos apartamentos do centro). Quando olhando de frente se percebe o concreto do sonho da casa própria, fazendo dos muros uma aparente segurança. Nos fundos das casas, (ou até mesmo de um aparamento no centro) é possível visualizar a revelação, nas asas dos pássaros vagabundos, aqueles sem valor para os passarinheiros.
De qualquer maneira, os pássaros se fazem livres, voando alto ou baixo, sempre liberto, fazendo o presente, tomando o rumo ao futuro incerto de quem se imagina livre, rumo ao infinito em forma de céu. É próximo como o “aluno problema” se realiza ser humano adulto, em cada momento, fazendo o processo da vida com a sensação de liberdade.
Um comentário:
O Maikon está de volta numa bela analogia dos pássaros que não interessam aos passarinheiros e não obstante isso, "se fazem livres, voando alto ou baixo, sempre liberto, fazendo o presente, tomando o rumo ao futuro incerto de quem se imagina livre..."
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