Na semana passada aconteceu o projeto Repensando a leitura em nossas vidas, cujo tema foi “Sociedade de Consumo”. O objetivo do evento era pensar a leitura além do texto, era uma leitura de vida, por isso ler e refletir por meio de oficinas a sociedade de consumo foi um bom mote para a meninada do ensino fundamental do Bonja.
Não vou cair na digressão sobre os rumos e apontamentos do evento, vou me deter num episódio.
Era sexta-feira, 01 de abril, o meu horário de expediente havia encerrado. Enquanto o horário de pegar o zarcão não chegava, aproveitei para conversar com o porteiro do Bonja, o Joelson. Falamos sobre o trabalho e o cansaço provocado com a venda da força de trabalho.
Conversa vai e conversa vem. Uma menina e um menino chegaram a guarita para fazer uma entrevista para a oficina que participavam. O menino olhou para mim, demonstrava um interesse em conduzir a entrevista comigo.
Menino: “Meu, o professor tá aqui.”
Menina: “E?”
Menino: “Vamos fazer a entrevista com ele.”
Menina: “Não!”
Menino: “Por que?”
Menina: “Só pode entrevistar trabalhador.”
Menino: “É verdade.”
Ambos olharam para o Joelson e falaram em conjunto “Vamos fazer a entrevista com o Joelson.”
E eu? Fiquei com cara de panaca até ir ao ponto, entrar no zarcão e chegar a minha casa. Dizem que tudo na vida é uma lição...E eu aprendi que é preciso trabalhar o conceito de trabalho com a meninada.
(p.s: é um texto de humor escrito por quem vive de mau humor.)
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