terça-feira, 17 de maio de 2011

Lorotas do corredor de História I

Uma grande lorota do meu tempo de graduação foi um ato de violência. Lembro até a data, 30 de outubro de 2003. Dia que o Conselho Administrativo votava um aumento absurdo na mensalidade, só não lembro o valor exato.

Na ocasião, a gestão no poder do DCE chamava-se Jornada Acadêmica, cujo nome era farsa, pois nada existia de profundidade acadêmica nos estudos nem na política. O lance era um encardido modelo político-partidário de manipulação, envolvendo frágeis nomes de pretensos políticos profissionais do PMDB.

Evidente que surgiu uma forte oposição ao modelo de gestão, especialmente nos cursos de Letras, Direito, História e Geografia, entre algumas individualidades de outros cursos. A ação crítica da oposição era clara: a gestão estava interessada em agradar a administração da UNIVILLE e aos interesses externos dos estudantes em detrimento das necessidades estudantis.

No referido contexto, um grupo expressivo de estudantes, algo entre 400 a 500 estudantes, organizaram a resistência contra o aumento. A última medida seria a ocupação do prédio da reitoria se não houvesse a paralisação da votação, abrindo uma discussão ampla e democrática. É óbvio que não ocorreu nenhum atendimento da oposição estudantil.

Por volta das 20 horas à oposição ocupou o prédio da Reitoria. O presidente do DCE resolveu impedir solitariamente, agindo como um Dom Quixote às avessas, a ocupação. O resultado foi a “massa” entrando no prédio, cancelando a reunião. No momento várias viaturas da polícia, dos bombeiros, dos jornais e outros foram chamados para conter o ato violento. Deixo para outro dia um relato detalhado do episódio.

No dia seguinte, o Dom Quixote as avessas, acompanhado dos seus promotores de festas, apareceu com o braço envolvido por um gesso. O braço havia sido quebrado na noite da ocupação, segundo a própria vítima, o responsável havia sido este que escreve no blog.

Hoje tenho um misto de risada e revolta com o fulano, é claro. Mas até o esses dias tinha só revolta. Felizmente a mentira não ganhou corpo, inclusive dois dias depois a vítima já havia retirado o gesso. Quem sabe tenha ocorrido uma intervenção divina no rápido processo de cura.

3 comentários:

Filipe Ferrari disse...

Lembrávamos mesmo desses acontecimentos dias desses pelo corredor. Fizemos questão também de relembrar a única chefe de departamento que enxergou seus alunos no meio do tumulto. Pena que ela não tenha a mesma visão educacional, hehehe...

Abraços!

Anônimo disse...

A professor Gelta foi responsável por assinar abertura do processo interno contra os estudantes.

É preciso entender o contexto do evento, as pressões que a reitoria fez a professora Gelta. Eu fui um dos processados ecompreendo a posição tomada pela Gelta, que foi acompanhada de muito dor e tristeza.

Não podemos cometer injustiça com a gelta.
Maikon k

Filipe Ferrari disse...

Se esse fosse o único problema...