terça-feira, 27 de julho de 2010

A história como uma visão de mundo

"Trabalhos historiográficos mais recentes – e entre eles o meu próprio – têm se esforçado por construir uma história de Joinville que dê relevo a pluralidade, incluindo a de suas “origens”, se contrapondo a uma produção de cunho mais monumental, ou mesmo oficial, de acentuado caráter étnico, que pouca ou nenhuma atenção deu a diversidade; tendência historiográfica, necessário que se diga, de que faz parte a obra de Adolfo Schneider. Dar seu nome ao Arquivo Histórico é deslegitimar o esforço por escrever uma outra história e corroborar, consolidando, um passado que sempre se fez representar pela homogeneidade e em uma narrativa inscrita em um tempo linear e vazio – quando os historiadores o sabem, ou deveriam saber, que o “passado é sempre conflituoso”, como a argentina Beatriz Sarlo. Há mais coisas em jogo, portanto, que uma simples homenagem. O que se está a problematizar são concepções distintas da cidade, de seu passado e, por extensão, do seu presente. Às vezes um nome é mais que um nome; é uma visão de mundo."

Mais que um nome por Clóvis Grunner é histoadiador e professor universitário.


Leia a carta na íntegra a primeira carta sobre o tema.

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