sexta-feira, 16 de julho de 2010

Narrativa de quem tem pressa - I

Em 1984;
O filho está sem pai, não é de hoje, é de anos. Ao seu lado outras crianças estavam sem a figura paterna, as mães se colocavam nas malharias. Se sentia um igual.

Em 1985;
Ausência não era sentida, até entrar na creche do Bairro. Lá, volta e meia um pai buscava um filho. Aprendeu que pai busca filho, quem não tem um, o avô assumia a busca. Se sentia um outro.

Horas depois:
De longe, lá pelas 14 horas, avistava a mãe, sentia o “gosto de sorvete em tarde de sol misturado com cheiro de manjericão da casa de sua avó, ainda não sabia que aquele sentimento se chamava alegria”. Voltava sentir a igualdade.

Um comentário:

Alberto Ferreira disse...

Pow, gostei da frase sobre a alegria.